Coalizão Negra por Direitos realiza ampla agenda internacional denunciando violações de direitos humanos no Brasil

Entre 11 e 13 de setembro, representantes da Coalizão Negra Por Direitos, Douglas Belchior, da Uneafro Brasil, Sara Branco, do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades e Juliana Góes, ativista negra brasileira que mora e estuda em Massachusetts, estiveram presentes no Congressional Black Caucus (CBC), reunião anual de congressistas afro-americanos de todos os partidos, unidos em torno das pautas de interesse da população negra nos Estados Unidos. O encontro aconteceu em Washington DC. 

Na semana seguinte, entre  16 e 20 de setembro, Douglas Belchior, Biko, liderança da CONAQ-SP, e Eliete Paraguassu, integrante do Movimento Nacional de Pescadoras e Pescadores, da Bahia, estiveram na reunião do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (ACNUDH), em Genebra, na Suíça. 

Encerrando as agendas de representações internacionais da Coalizão, Douglas Belchior, Sara Branco, Juliana Góes, Carol Fonseca, da Uneafro Brasil, e Ana Barreto, da AfroResistance, representaram a Coalizão nas agendas paralelas da Assembleia Geral da ONU, evento que aconteceu em Nova York (EUA), entre 23 e 27 de setembro.

A Coalizão também esteve, no dia 26/09, no 173º Período de Sessões da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington, D.C. em diálogo com a senhora Comissionada Antonia Urrejola, relatora para o Brasil da comissão. Entregamos a ela um documento pedindo que a CIDH se manifeste junto ao Congresso Nacional brasileiro e aponte os riscos da aprovação do pacote Moro e dos decretos de armamento.

O congressista democrata norte americano Hank Johnson, depois de diálogar com a Coalizão Negra Por Direitos e a ONG Wola, de DC se manifestou, no dia 27/09, na tribuna do Congresso Norte-Americano sobre o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos, assinado pelos Governos Trump e Bolsonaro no início de 2019, em tramitação no Congresso Nacional Brasileiro. Caso o acordo seja aprovado pelo parlamento brasileiro, cerca de 800 famílias quilombolas serão removidas de suas terras ancestrais, em Alcântara, no estado do Maranhão. Hank Johnson pediu ao governo brasileiro que respeite a Constituição Federal e efetive a titulação das terras quilombolas. Johnson pediu também que outros congressistas norte americanos se posicionem contrários à aprovação deste acordo e em respeito aos direitos fundamentais da população quilombola.

Clique no link abaixo e veja o vídeo com trecho da fala do congressista Hank Johnson: