Durante decisão proferida no dia 19 de junho de 2020 pela Magistrada Inês Marchalek Zarpelon, Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba (PR), foi mencionada a raça de um réu em uma sentença que condena 7 pessoas por organização criminosa. Natan Vieira da Paz, um homem negro de 48 anos, foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão em regime fechado.

O Conselho Nacional de Justiça abriu investigação para apurar o crime cometido pela juíza. Ela tem 30 dias para explicar a conduta racista para a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).Na seara criminal, em todas as instâncias executivas e judiciais, é notória a repressão penal sistemática e dirigida à população negra, fundada no etiquetamento social, que cria a simbiose entre crime e criminoso, à estigmatização marginalizadora de sua representação física porque “no corpo que se inscrevem marcas profundas e emblemáticas de representações negativas do negro”.

A Coalizão Negra Por Direitos vem a público externar a sua indignação e repúdio a mais um episódio incontroverso da desigualdade produzida pelo racismo institucional no sistema de justiça brasileiro, notadamente, no Poder Judiciário.

Link com a Nota de Repúdio na íntegra: https://bit.ly/3gZK3pS